Partia-te a cara Mara

Eu oiço-o e tudo muda e surda caio do tempo noutro mundo. Um segundo futuro sem alento. Cai argumento e sentimento, como cimento, nas asas do casamento. Ao santo em pranto o manto de encanto lhe levanto. Ele não se transformou, revelou enfim tudo em mim.

Plim!

Minha boca desprezada agora escancarada. Espantada, assombro o escombro do meu amor depois do rombo. Não resta nada, há muito não há ombro nesta morada. Pra ser amada? Cavava e só de enxada.

"Fiz mais do que devia."

Mestria no fazia e acontecia com hálito a azia. Sou eu a culpada, pateta desastrada e limitada. A mal-humorada careta, a mãe-muleta, sempre a dar-lhe na corneta.

"Puta, queres ir pra comer macacos? Então vai foda-se."

Já vou querer à canzana e adoptar o animal. Podar o matagal no genial jardim genital pra rodar naquele bacanal semanal. De ora em diante conhecida como A Inominável Fulana Profana. A sacana que viu no fim-de-semana com ganda bezana. Aos caídos, de mão-em-mão e sem amigos ou com os vendidos. Aqueles... sempre comidos.

Abro a porta do carro e saio para o deserto. No horizonte espreita uma tempestade. Mas um minuto de cada vez. Ora vês?

Quem és?

Sou a exigente imperatriz da tribo das montanhas-russas, a profetisa da boa-nova 'a vida é demasiado curta'. Sou uma nómada do sentimento e talvez... a flor que não mais se deixará colher.